Assistir às reuniões de SAA inicia-nos num novo modo de vida. Mas, enquanto a irmandade de SAA dá suporte à nossa recuperação, o verdadeiro trabalho da recuperação, está descrito nos doze Passos adaptados de Alcoólicos Anónimos.

As reuniões são espaços de aprendizagem de como integrar os passos nas nossas vidas. Trabalhar os Doze Passos leva-nos a uma transformação espiritual que resulta num apoio sólido contra a adição activa.

Quando começamos a assistir a reuniões de SAA, muitos de nós somos surpreendidos por pessoas que estão a viver vidas plenas, livres dos dolorosos comportamentos de compulsão que os trouxeram a SAA. Ao ouvir outros membros partilhar sobre a sua recuperação, percebemos a pouco e pouco, que para fazer o mesmo progresso, é necessário fazermos o que for preciso para estarmos abstinentes, e mantermos essa abstinência.

Aprendemos através de árdua experiência, que não é possível mantermo-nos abstinentes, se não estivermos dispostos a mudar o nosso estilo de vida.

Se estivermos honestamente comprometidos em encarar o nosso problema e dispostos à mudança, os Doze Passos de SAA encaminhar-nos-ão para um despertar espiritual, que nos permitirá viver um novo modo de vida, sustentado por princípios espirituais.

Trabalhar estes Passos leva a uma profunda mudança nas nossas vidas. Eles são a pedra basal da nossa recuperação.

Os Doze Passos de SAA

[Em Sex Addicts Anonymous, página 20]

  1. Admitimos que éramos impotentes perante os comportamentos sexuais aditivos – que as nossas vidas se tinham tornado ingovernáveis.
  2. Viemos a acreditar que um Poder superior a nós mesmos nos poderia restituir a sanidade.
  3. Decidimos entregar a nossa vontade e a nossa vida aos cuidados de Deus, como O concebíamos.
  4. Fizemos, sem receio, um minucioso inventário moral de nós mesmos.
  5. Admitimos perante Deus, perante nós próprios e perante outro ser humano a natureza exata dos nossos erros.
  6. Dispusemo-nos inteiramente a aceitar que Deus nos libertaria de todos os nossos defeitos de carácter.
  7. Humildemente, pedimos Lhe que nos livrasse das nossas imperfeições.
  8. Fizemos uma lista de todas as pessoas a quem tínhamos causado danos e dispusemo-nos a fazer reparações a todas elas.
  9. Fizemos reparações diretas a tais pessoas sempre que possível, exceto quando fazê-lo implicasse prejudicá-las, ou a outras.
  10. Continuámos a fazer o inventário pessoal e quando estávamos errados admitimo-lo imediatamente.
  11. Procurámos através da oração e da meditação melhorar o nosso contacto consciente com Deus, como O concebíamos, pedindo apenas o conhecimento da Sua vontade em relação a nós e a força para a realizar.
  12. Tendo tido um despertar espiritual como resultado destes passos, procurámos levar esta mensagem a outros adictos ao sexo e praticar estes princípios em todos os aspetos das nossas vidas.

As Doze Tradições de SAA

[Em Sex Addicts Anonymous, página 77]

  1. O nosso bem-estar comum deverá estar em primeiro lugar; a recuperação pessoal depende da unidade de SAA.
  2. Para o propósito do nosso grupo existe apenas uma autoridade fundamental: um Deus de amor tal como Ele se expressa na nossa consciência de grupo. Os nossos líderes são apenas servidores de confiança; eles não governam.
  3. O único requisito para ser membro de SAA é a vontade de parar os comportamentos sexuais aditivos.
  4. Cada grupo deverá ser autónomo, exceto em assuntos que afetem outros grupos ou SAA como um todo.
  5. Cada grupo tem apenas um propósito primordial – levar a sua mensagem ao adito ao sexo que ainda sofre.
  6. Um grupo de SAA nunca deverá endossar, financiar ou emprestar o nome de SAA a qualquer entidade similar ou empreendimento alheio, para evitar que problemas de dinheiro, propriedade e prestígio nos afastem do nosso propósito primordial.
  7. Todos os Grupos de SAA deverão ser inteiramente autossuficientes, recusando contribuições exteriores.
  8. Adictos ao Sexo Anónimos jamais deverá ter um carácter profissional, mas os nossos centros de serviço podem empregar pessoal especializado.
  9. SAA, enquanto tal, nunca deverá organizar-se, mas poderá criar juntas ou comissões de serviço diretamente responsáveis perante aqueles a quem servem.
  10. Adictos ao Sexo Anónimos não emite opinião sobre assuntos externos; assim, o nome de SAA nunca deverá ser arrastado para controvérsias públicas.
  11. A nossa política de relações públicas baseia-se na atração em vez da promoção; precisamos de manter sempre o anonimato pessoal na imprensa, rádio e televisão.
  12. O anonimato é o alicerce espiritual de todas as nossas Tradições, lembrando-nos sempre de colocar os princípios acima das personalidades.